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Coletânea celebra legado do ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia

Goiânia – Com uma carreira sólida tanto no setor público quanto no privado, o economista paulista Eduardo Guardia, falecido precocemente aos 56 anos, em 2022, deixou um importante legado para o país. Em Estado, economia, desafios fiscais e reformas estruturais no Brasil — Textos em homenagem a Eduardo Guardia, que chega às livrarias pelo selo História Real da editora Intrínseca, 32 autores assinam 22 artigos inéditos em que destacam aspectos pessoais e profissionais de sua trajetória.
Para além de uma homenagem a Guardia e sua carreira como gestor e professor, os textos formam um panorama de importantes transformações nas políticas públicas e econômicas do Brasil durante as últimas décadas.
Na obra organizada por Ana Carla Abrão, Ana Paula Vescovi e Pedro Malan, ganha destaque a atuação de Eduardo Guardia no serviço público. Desde a época da implementação do Plano Real, quando fez parte da equipe do Ministério do Planejamento na negociação das dívidas de estados e municípios, até o governo Temer, no qual foi ministro da Fazenda após um período de sucesso no setor privado, o economista foi fundamental na formulação de políticas econômicas em prol do equilíbrio fiscal. Tema que segue na ordem do dia do debate público.
“Guardia era um economista sólido, preparado para pensar políticas públicas — o que era o seu forte. Nunca alterava a voz. Se a pergunta fosse difícil, ou embutisse crítica à gestão, dava a sua visão. Foi uma sorte contar com uma autoridade que respeitava opiniões divergentes, explicava e dava informações que ajudavam a formar uma opinião própria. O Brasil teve o privilégio de poder contar com Eduardo Guardia”, afirma a jornalista Miriam Leitão em comentário sobre o livro.
Expoentes da economia como Gustavo Franco, Edmar Bacha, Arminio Fraga e Elena Landau relembram, entre outros temas, seu papel na recuperação da Eletrobras, sua liderança nas articulações para a implementação da Lei das Estatais e sua atuação como secretário-executivoe, posteriormente, ministro da Fazenda.
Traços pessoais
A personalidade cordial de Eduardo Guardia é lembrada sempre por amigos e colegas, como Ana Paula Vescovi na apresentação do livro: ”sobre o Edu — era assim que a maioria de nós se referia a ele fora dos ambientes mais formais —, equilíbrio, gentileza, honestidade, sinceridade, empatia, confiança, respeito e bom humor, por vezes ácido mas sempre inteligente, são elogios que facilmente se ouvirão!”
A coletânea de artigos ainda conta com a transcrição de uma entrevista concedida por Guardia ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Como observa Ana Paula, a entrevista “mostra um profissional maduro, um ministro capaz de conciliar a visão do técnico, que aprendeu na dureza das crises, a visão do executivo, que liderou transformações, e a visão do ministro de Estado, que soube conciliar a política do que é viável com o que é correto”.
Ana Carla Abrão é doutora em Economia pela USP. Foi secretária da Fazenda de Goiás e atuou como executiva e conselheira de empresas do mercado financeiro como Itaú e B3. É CEO da Governança do Open Finance.
Pedro Malan foi ministro da Fazenda, presidente do Banco Central e negociador-chefe da dívida externa. Foi membro de conselhos de empresas no Brasil e no exterior e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio. É Ph.D. em Economia pela Universidade de Berkeley.
Ana Paula Vescovi foi secretária-executiva do Ministério da Fazenda e secretária do Tesouro Nacional. Foi presidente dos conselhos da Caixa e do IRB e membro dos conselhos da Eletrobras e do Grupo Ultra. Mestre em Administração Pública (FGV-RJ) e em Economia do Setor Público (UnB), é economista-chefe do Banco Santander Brasil.
“A imprensa batizou aquela equipe do Ministério da Fazenda de “Dream Team”. E Eduardo Guardia foi o meu líder nesse time dos sonhos. Este livro é uma bela homenagem que lhe fazem seus amigos e admiradores.” – Henrique Meirelles
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Governo de Goiás divulga estratégias para expansão do Daia em Anápolis

Goiânia – Empresários interessados em investir na expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) conheceram o edital do DaiaPlam, durante reunião na quarta-feira (2/4) com representantes da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e da Secretaria estadual de Indústria, Comércio e Serviços (SIC). As empresas selecionadas terão subsídio de até 75% no valor do metro quadrado da área oferecida. A iniciativa visa atrair mais indústrias para uma área de 1,7 milhão de metros quadrados.
O presidente da Codego, Francisco Jr., enfatizou a localização estratégica e a infraestrutura robusta do Daia, que recebeu investimento em melhorias de cerca de R$ 60 milhões. “Tínhamos essa área que ficou mais de duas décadas parada. Agora temos uma oportunidade para alavancar a economia do estado. Para esse novo edital, promovemos discussão com as entidades que representam o setor produtivo. Dentro de um processo transparente, conseguimos oferecer segurança jurídica, ou seja, as áreas já saem escrituradas”, explicou.
O secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna, avaliou a iniciativa como promissora para o estado e também uma oportunidade para as empresas, que podem contar com subsídio e estrutura adequada para instalação de indústrias. “A nova expansão do DAIA pode gerar mais de 20 mil empregos, e esse é o objetivo do Governo de Goiás, atrair novas empresas e investidores internacionais, fortalecendo a economia goiana e, consequentemente, gerando empregos qualificados e renda para a população”, declarou.
As empresas que pretendem adquirir áreas devem encaminhar a documentação exigida no edital de seleção em sessão pública, que será realizada no dia 9 de abril. O edital está disponível no site da Companhia (www.codego.com.br). O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, ressaltou a importância da iniciativa para manter a competitividade da região, especialmente com o fim dos incentivos fiscais em 2032. “A gente precisa superar isso com infraestrutura de qualidade, desburocratização, melhorando o ambiente de negócios para não só atrair mais empresas, mas também manter as que já estão aqui instaladas”, enfatizou.
Durante a reunião, duas empresas que participaram do primeiro edital da expansão do Daia receberam as escrituras das áreas adquiridas junto à Companhia. Foram elas a Bio Onda Comércio e Industrialização de Sacos e Sacolas Plásticas e a Star-Refino e Comércio de Álcool, que já estão aptas a iniciarem a construção de suas plantas fabris.
A ampliação do Daia permitirá a instalação de aproximadamente 100 novas empresas, com previsão de gerar mais de 20 mil empregos diretos e indiretos. A expansão já conta com toda a infraestrutura necessária para receber novas indústrias, incluindo pavimentação asfáltica, abastecimento de água e energia.
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Dólar desaba após tarifas de Trump e atinge menor valor em seis meses

Brasília – O dia seguinte à elevação de tarifas de importação pelo governo de Donald Trump teve menos turbulências que o esperado no mercado financeiro. O dólar comercial aproximou-se de R$ 5,60 e atingiu a menor cotação em quase seis meses. A bolsa de valores alternou altas e baixas, mas fechou praticamente estável, num dia em que as bolsas de Nova York derreteram.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (3/4) vendido a R$ 5,629, com recuo de R$ 0,07 (-1,23%). Em forte queda durante toda a sessão, a cotação chegou a R$ 5,59 por volta das 12h, mas voltou a ficar acima de R$ 5,60 em meio à leve recuperação no exterior e com investidores aproveitando o baixo valor para comprar a moeda norte-americana.
Com o desempenho desta quinta, o dólar está no menor valor desde 14 de outubro, quando estava em R$ 5,58. A divisa acumula queda de 8,91% em 2025.
Mercado de ações
O mercado de ações brasileiro destoou das bolsas globais. Enquanto as bolsas da Europa, da Ásia e dos Estados Unidos caíram fortemente nesta quinta, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 131.141 pontos, com queda de apenas 0,04%. O indicador caiu 0,55% às 10h16, subiu 0,91% às 11h09 e passou a tarde oscilando em leve baixa.
A imposição de sobretaxas de 10% para a América Latina, de 20% para a Europa e de 30%, em média, para a Ásia provocou instabilidade no mercado global. O dólar caiu fortemente em todo o planeta. O euro comercial, em contrapartida, subiu 0,35%, fechando a R$ 6,20.
As bolsas de valores tiveram forte queda em quase todo o planeta. Em Nova York, o índice Dow Jones (das empresas industriais) caiu 3,98%. O Nasdaq (das empresas de tecnologia) perdeu 5,97%. O S&P 500 (das 500 maiores empresas) recuou 4,84%, com a perspectiva de que o tarifaço de Trump terá efeitos negativos para as empresas norte-americanas.
No Brasil e em alguns países emergentes, no entanto, as moedas locais se valorizaram. Prevaleceu a interpretação de que a sobretaxação de 10% para os produtos latino-americanos pelo governo de Donald Trump foi um golpe menor que o esperado. Isso ajudou a atrair recursos para mercados emergentes. (Agência Brasil)
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Vilela visita obras do novo Fórum de Aparecida e frisa união com Judiciário

Goiânia – O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela e o vice-prefeito João Campos, acompanharam na manhã desta quinta-feira (3/4), o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), desembargador Leandro Crispim, e sua equipe, em uma visita técnica às obras do novo Fórum Cível da comarca, no Jardim Maria Inês.
A construção, considerada a maior obra do Judiciário em andamento no estado, é fruto de uma parceria iniciada ainda na gestão do ex-prefeito Maguito Vilela, que doou o terreno para a edificação.
Durante a visita, Vilela ressaltou a importância da colaboração entre os poderes e o impacto positivo da obra para a cidade. “Essa parceria com o Judiciário enaltece Aparecida. Em apenas três meses de governo, já vemos os frutos de uma relação harmônica com os demais poderes e uma obra desta magnitude valoriza o município, fortalece a prestação de serviços à população e contribui para o crescimento urbano e institucional da nossa cidade”, afirmou.
Com mais de 20 mil metros quadrados de área construída, o novo fórum abrigará toda a estrutura cível da comarca de Aparecida, distribuída em nove pavimentos. Ao todo serão 15 unidades judiciárias, CEJUSC, 21 salas de conciliação, auditório para 176 pessoas, salas administrativas, elevadores, bicicletário e estacionamento com 169 vagas. O projeto inclui ainda, segundo o TJ, medidas de sustentabilidade, como captação de água da chuva, torneiras automatizadas e painéis solares. A previsão de entrega é até o final deste ano.
O presidente do TJ-GO, desembargador Leandro Crispim, reforçou que a obra é estratégica para o Judiciário e vai modernizar o atendimento em uma das comarcas mais importantes do estado. “Temos mais de 130 obras em andamento em Goiás, e essa, sem dúvida, é uma das maiores e mais modernas. Estamos trabalhando para entregar um fórum funcional, tecnológico e que proporcione conforto aos servidores, magistrados e à população que precisa do serviço judiciário no município”, disse o desembargador ao lado da diretora da Comarca de Aparecida, Juíza de Direito, Vanessa Rios.
Também participaram da visita os secretários municipais Ozéias Laurentino Júnior (Comunicação), Pollyana Borges (Meio Ambiente), Wagner Siqueira (Desenvolvimento Ubano) e Hans Miller (Chefe de Gabinete), além do Procurador Rafael Amorim e também os vereadores Almeidinha e Neto Gomes.